APENAS 15% DOS BRASILEIROS ESTÃO NO ENSINO SUPERIOR
Dado se refere à população de 25 a 34 anos. O índice é de 37% na OCDE, 21% na Argentina e 22% no Chile e na Colômbia
Fonte: revistaensinosuperior.com.br – Foto: Reprodução BBC Brasil
Em 2015, mais da metade dos adultos, com idade entre 25 e 64 anos, não tinham chegado ao ensino médio, e 17% da população sequer tinha concluído o ensino básico.
Os números estão muito abaixo da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE, que têm 22% de adultos sem o ensino médio e 2% que não concluíram o básico.
As informações foram divulgadas no relatório “Education at a Glance 2017”.
Os dados também mostra que apenas 15% dos brasileiros, entre 25 e 34 anos, estão no ensino superior, contra 37% na OCDE, 21% na Argentina e 22% no Chile e na Colômbia.
No entanto, se comparado aos países do Brics (bloco formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil está em situação mais favorável: A China tem 10%, a Índia, 11%, e a África do Sul, 12%.
OS CURSOS MAIS POPULARES
Quanto às áreas de estudo, observa-se que 37% das graduações são feitas nas áreas de negócios, administração e direito, índice semelhante ao da maioria dos outros países pesquisados.
Em seguida, vem o curso de Pedagogia, com 20% das matrículas.
Apenas a Costa Rica e Indonésia têm taxas mais altas de opção por essa carreira (22% e 28%, respectivamente).
Uma parcela bem menor, 15%, opta por cursos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, uma das taxas mais baixas, mas semelhante às de países vizinhos como a Argentina (14%) e a Colômbia (13%).
Entre os países da OCDE, o percentual ficou em 23%.
O relatório também abordou a desigualdade no acesso ao ensino superior e, no Brasil, a disparidade entre os estados é a maior observada na pesquisa.
Enquanto 35% dos jovens de 25 a 34 anos, no Distrito Federal, estão no ensino superior, no Maranhão a taxa é cinco vezes menor, 7%.
Apesar de o relatório reconhecer que o Brasil é um país muito grande e diverso, se comparado a outros grandes como os Estados Unidos e a Rússia, a desigualdade é muito mais marcante, apresentando variações de até cinco vezes nos percentuais, contra menos de três vezes de disparidade em outros países.
INTERNACIONALIZAÇÃO
No quesito internacionalização, apenas 0,5% dos estudantes brasileiros estudam no exterior, percentual muito abaixo dos 6% da média da OCDE.
Dos que saem do país, 31% vão para os Estados Unidos; 13% para Portugal; 10% para a França e 10% para a Alemanha.
Fonte: revistaensinosuperior.com.br