BRASIL TEM 13 MILHÕES DE ANALFABETOS E NÃO CONSEGUE REDUÇÃO HÁ TRÊS ANOS, DIZ UNESCO
A educação é uma responsabilidade compartilhada entre todos nós – governos, escolas, professores, pais e atores privados', diz a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova
Fonte: g1.globo.com/educação – Foto: Reprodução celsoantunes.com.br
O Brasil ainda tem 13 milhões de analfabetos e não consegue reduzir esse número há três anos, segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – Unesco, divulgado nesta terça-feira, 24 de outubro.
Os dados são da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) que apresentou o "Relatório de Monitoramento Global da Educação 2017/8".
O tema da pesquisa é "Responsabilização na educação: cumprir nossos compromissos".
A conclusão do relatório é que de faltam incentivos para a educação profissionalizante e para o aluno terminar o ensino médio.
Em todo o mundo, são 100 milhões de analfabetos.
Os resultados do relatório avaliam como os países conseguem ou não cumprir o "Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 4 da ONU: assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos".
O relatório alerta que a culpa desproporcional sobre qualquer ator para problemas educacionais sistêmicos pode ter sérios efeitos colaterais negativos, além de ampliar a inequidade e prejudicar a aprendizagem.
Os dados mostram que, nos países ricos, 84% dos jovens concluem o ensino médio, enquanto no Brasil o índice é de 63%.
Os resultados obtidos também são distintos: no Brasil, menos de 50% dos alunos demonstram habilidades em ciências. No Japão, esse percentual é de 90%.
DESTAQUES PELO MUNDO
Países associados à Unesco têm, ao menos, 264 milhões de crianças e jovens que não frequentam a escola.
Atualmente, 82% das constituições nacionais têm previsão legal sobre o direito à educação.
Mas em pouco mais da metade as leis não responsabilizam os governos, ou seja, os cidadãos não podem processar o governo por violações a esse direito.
Em 42 dos 86 países que enviaram dados à Unesco, suas constituições, leis ou políticas se referem explicitamente à educação inclusiva, sugerindo uma tendência contra escolas especiais e a favor de programas inclusivos em escolas regulares.
Em alguns países, professores e escolas estão sendo penalizados devido a resultados fracos em avaliações.
De 70 sindicatos de professores em mais de 50 países, mais de 60% nunca ou raramente foram consultados sobre materiais didáticos.
Dos relatórios nacionais de monitoramento da educação, apenas um terço engloba a educação de adultos.
Apenas 14, de 34 países de renda baixa e média, estabeleceram padrões para a educação infantil e sistemas de monitoramento de seu cumprimento
Apoio com bolsas de estudo caiu 4% no mundo entre 2010 e 2015, sendo o gasto subestimado em países como Brasil, China e Índia.
Fonte: g1.globo.com/educação