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PESQUISA APONTA DISSONÂNCIA ENTRE MERCADO E ACADEMIA

“É preciso reduzir diferenças entre a vida universitária e laboral”

 

A fim de compreender a percepção da eficiência atual do ensino de Ciências Contábeis nas universidades brasileiras, o contador Marcello Lopes dos Santos realizou uma pesquisa de mestrado, em Ciências Contábeis e Atuariais, pela PUC-SP.

O estudo foi publicado na revista especializada em artigos sobre negócios e marketing Business and Management Review (BMR), da Global Research Society (GRS).

O sócio fundador da LCC Auditores e Consultores Independentes explica os motivos que levam as metodologias tradicionais de ensino na área para a total saturação e ineficácia.

Como alternativa, Lopes defende a introdução do aprendizado baseado em problemas (do inglês, Problem Based Learning - PBL) para estimular a leitura, o emprego do raciocínio lógico, a discussão e a solução de problemas de modo a amenizar as discrepâncias entre a vida universitária e laboral.

Para Lopes, os profissionais que ingressam no mercado de trabalho demonstram contar com formação aquém das necessidades.

“A contabilidade, nos últimos 10 anos, vem passando por mudanças significativas no seu teor e na sua utilização, e os profissionais recém-formados não estão sendo formados de forma que tenham alcance a ampla visão contábil e organizacional de uma empresa", diz o especialista.

A pesquisa foi realizada com coordenadores do curso de Ciências Contábeis de várias instituições educacionais.

"A maioria não sabia do que se tratava o PBL. Outros achavam de difícil aplicação, pois deveria existir uma dedicação maior do corpo docente, além do número elevado de alunos em uma sala de aula", afirma Lopes, que concedeu entrevista ao Jornal do Comércio Contabilidade – JC Contabilidade.

 

JC CONTABILIDADE: A metodologia de ensino das faculdades de Ciências Contábeis reflete as mudanças no mercado de trabalho?

MARCELLO LOPES: Infelizmente, não. Ainda ensinamos contabilidade como ensinávamos anos atrás. O ensino precisa se adaptar não só ao mercado, mas também as novas tecnologias. Nos últimos anos a ciência contábil teve um grande avanço, não só em suas práticas e funcionalidades, como também no papel do contador perante a sociedade, e isso precisa ser refletido em sala de aula.

JC CONTABILIDADE: Qual o aspecto que você considera mais atrasado - uso de novas tecnologias, técnicas contábeis, legislação ou outros?

LOPES: O uso da tecnologia, sem dúvida, é uma delas, mas também a metodologia e forma do ensino precisam ser alteradas.

JC CONTABILIDADE: Do jeito que está, o mercado pode vir a sofrer com os profissionais que ingressam na área? Ou isso já está acontecendo?

LOPES: Isso já está acontecendo. A contabilidade, nos últimos 10 anos, vem passando por mudanças significativas no seu teor e na sua utilização e os profissionais recém-formados não estão sendo formados de forma que tenham alcance a ampla visão contábil e organizacional de uma empresa.

JC CONTABILIDADE: Na sua tese você oferece uma alternativa ao paradigma atual. Que modelo é esse e em que consiste?

LOPES: O PBL consiste em o aluno ter a prática aliada ao caso propriamente dito. Isso seria um grande avanço. Não é apenas um estudo de caso onde o aluno, individualmente, com base na teoria responde à questão. O aluno deve ter a teoria e aplicá-la em um ambiente de discussão onde o problema é colocado e de haver discussão sobre o tema para se chegar a melhor conclusão.

JC CONTABILIDADE: Na pesquisa, você chegou a fazer entrevistas com um grupo focal? Se sim, esse grupo era constituído por quem? Qual a percepção dessas pessoas sobre a eficiência do ensino das Ciências Contábeis?

LOPES: A pesquisa foi realizada com coordenadores do curso de Ciências Contábeis de várias instituições educacionais. A maioria não sabia do que se tratava o PBL. Outros achavam de difícil aplicação, pois deveria existir uma dedicação maior do corpo docente, além do número elevado de alunos em uma sala de aula.

JC CONTABILIDADE: As universidades brasileiras têm um nível e currículo semelhante ao de instituições estrangeiras? Além disso, você faz, na pesquisa, diferenciação entre regiões geográficas, entidades privadas e públicas, ou outro recorte?

LOPES: Existem universidades brasileiras que possuem um bom nível, porém ensinando no método tradicional. Acho que deveríamos nos preocupar com o currículo e a metodologia a ser aplicada, pois o mercado espera profissionais bem formados e capacitados para atender as necessidades organizacionais.

Fonte: Jornal do Comércio

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PESQUISA APONTA DISSONÂNCIA ENTRE MERCADO E ACADEMIA

“É preciso reduzir diferenças entre a vida universitária e laboral”

 

A fim de compreender a percepção da eficiência atual do ensino de Ciências Contábeis nas universidades brasileiras, o contador Marcello Lopes dos Santos realizou uma pesquisa de mestrado, em Ciências Contábeis e Atuariais, pela PUC-SP.

O estudo foi publicado na revista especializada em artigos sobre negócios e marketing Business and Management Review (BMR), da Global Research Society (GRS).

O sócio fundador da LCC Auditores e Consultores Independentes explica os motivos que levam as metodologias tradicionais de ensino na área para a total saturação e ineficácia.

Como alternativa, Lopes defende a introdução do aprendizado baseado em problemas (do inglês, Problem Based Learning - PBL) para estimular a leitura, o emprego do raciocínio lógico, a discussão e a solução de problemas de modo a amenizar as discrepâncias entre a vida universitária e laboral.

Para Lopes, os profissionais que ingressam no mercado de trabalho demonstram contar com formação aquém das necessidades.

“A contabilidade, nos últimos 10 anos, vem passando por mudanças significativas no seu teor e na sua utilização, e os profissionais recém-formados não estão sendo formados de forma que tenham alcance a ampla visão contábil e organizacional de uma empresa", diz o especialista.

A pesquisa foi realizada com coordenadores do curso de Ciências Contábeis de várias instituições educacionais.

"A maioria não sabia do que se tratava o PBL. Outros achavam de difícil aplicação, pois deveria existir uma dedicação maior do corpo docente, além do número elevado de alunos em uma sala de aula", afirma Lopes, que concedeu entrevista ao Jornal do Comércio Contabilidade – JC Contabilidade.

 

JC CONTABILIDADE: A metodologia de ensino das faculdades de Ciências Contábeis reflete as mudanças no mercado de trabalho?

MARCELLO LOPES: Infelizmente, não. Ainda ensinamos contabilidade como ensinávamos anos atrás. O ensino precisa se adaptar não só ao mercado, mas também as novas tecnologias. Nos últimos anos a ciência contábil teve um grande avanço, não só em suas práticas e funcionalidades, como também no papel do contador perante a sociedade, e isso precisa ser refletido em sala de aula.

JC CONTABILIDADE: Qual o aspecto que você considera mais atrasado - uso de novas tecnologias, técnicas contábeis, legislação ou outros?

LOPES: O uso da tecnologia, sem dúvida, é uma delas, mas também a metodologia e forma do ensino precisam ser alteradas.

JC CONTABILIDADE: Do jeito que está, o mercado pode vir a sofrer com os profissionais que ingressam na área? Ou isso já está acontecendo?

LOPES: Isso já está acontecendo. A contabilidade, nos últimos 10 anos, vem passando por mudanças significativas no seu teor e na sua utilização e os profissionais recém-formados não estão sendo formados de forma que tenham alcance a ampla visão contábil e organizacional de uma empresa.

JC CONTABILIDADE: Na sua tese você oferece uma alternativa ao paradigma atual. Que modelo é esse e em que consiste?

LOPES: O PBL consiste em o aluno ter a prática aliada ao caso propriamente dito. Isso seria um grande avanço. Não é apenas um estudo de caso onde o aluno, individualmente, com base na teoria responde à questão. O aluno deve ter a teoria e aplicá-la em um ambiente de discussão onde o problema é colocado e de haver discussão sobre o tema para se chegar a melhor conclusão.

JC CONTABILIDADE: Na pesquisa, você chegou a fazer entrevistas com um grupo focal? Se sim, esse grupo era constituído por quem? Qual a percepção dessas pessoas sobre a eficiência do ensino das Ciências Contábeis?

LOPES: A pesquisa foi realizada com coordenadores do curso de Ciências Contábeis de várias instituições educacionais. A maioria não sabia do que se tratava o PBL. Outros achavam de difícil aplicação, pois deveria existir uma dedicação maior do corpo docente, além do número elevado de alunos em uma sala de aula.

JC CONTABILIDADE: As universidades brasileiras têm um nível e currículo semelhante ao de instituições estrangeiras? Além disso, você faz, na pesquisa, diferenciação entre regiões geográficas, entidades privadas e públicas, ou outro recorte?

LOPES: Existem universidades brasileiras que possuem um bom nível, porém ensinando no método tradicional. Acho que deveríamos nos preocupar com o currículo e a metodologia a ser aplicada, pois o mercado espera profissionais bem formados e capacitados para atender as necessidades organizacionais.

Fonte: Jornal do Comércio

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