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7 DICAS PARA MANTER A SALA DISCIPLINADA MESMO COM O CELULAR LIBERADO

O uso da tecnologia é um caminho sem volta, e os professores precisarão saber como lidar com isso

 

Fonte: novaescola.org.br - Foto: Reprodução http://blog.qmagico.com.br

Um dos principais temores dos educadores, quando se fala em tecnologia na sala de aula, é controlar os alunos.

Celulares são equipamentos ótimos para buscar informações e outras ferramentas para uso pedagógico, mas também é o caminho para diversas formas de distração ou mesmo de indisciplina.

Por isso, esse assunto sempre é levantado quando se fala na liberação desses aparelhos nas salas, como ocorreu no mês passado na rede estadual de São Paulo.

A liberação do celular pode ser um caminho sem volta, e o professor precisa lidar com isso.

O professor de História da EMEF Hebe De Almeida Leite Cardoso, em Novo Horizonte-SP, Ademir Almagro, diz que o problema começa porque muitos docentes ainda não conhecem todas as possibilidades da tecnologia e se sentem inseguros diante dos alunos que entendem mais.

“Eu não sei se existe uma ferramenta que controle o uso pelos alunos dentro da sala de aula. Se isso existir e se eu souber usar, vai me deixar mais seguro”, admite.

Na EEF Augusta Knorring, em Brusque-SC, a tecnologia é usada a favor da própria tecnologia.

“Quando um aluno extrapola os limites, desligamos a internet móvel apenas no celular dele”, explica a diretora Alessandra Silva. A atitude pode ser mais eficiente do que confiscar o celular, por exemplo. Os professores têm medo de pegar o celular e derrubar no chão, quebrar. Como ele vai dar explicações para os pais depois?”, argumenta Ademir.

Entretanto, antes de pensar na tecnologia em si é preciso andar por um longo caminho até que a utilização dos websites, redes sociais e aplicativos de conversa seja consciente na sala de aula. Veja algumas dicas dadas pelos especialistas:

 

1- Defina o que é o uso pedagógico

A escola precisa entender em quais situações a tecnologia pode ser útil, seja no computador ou no celular. Então, é necessário explicar aos alunos a importância do uso racionado e quais são os objetivos daquela atividade. “É essencial que haja essa conscientização sobre a expressão ‘fins pedagógicos’, tão utilizada quando se fala de celular em sala de aula”, diz o professor Ademir.

 

2- Pense nos limites para cada etapa escolar

Em cada etapa, a experiência é diferente. Fundamental 1, Fundamental 2 e Ensino Médio devem ter uma liberdade que condiga com as responsabilidades que eles têm e com os conteúdos previstos no currículo. Neste caso, não adianta criar regras para a escola inteira.

Cada série e cada sala terá a sua particularidade.

 

3- Deixe que os próprios alunos criem as regras e definam as consequências caso elas sejam quebradas

“Quando os limites vêm dos próprios alunos, eles respeitam mais, porque aquilo foi construído com os próprios colegas”, diz Ademir. “Na Educação, nada que vem de cima para baixo costuma dar certo. Se o professor impuser uma regra que não faça sentido, os alunos vão quebrá-la – principalmente quando falamos de tecnologia, que é um ambiente onde eles se sentem mais confortáveis do que os adultos”, explica. Ou seja, o mais indicado é trabalhar com combinados que façam sentido para a turma. Isso permite que o controle seja realizado entre os próprios colegas. “Quando um amiguinho não está prestando atenção na aula porque está no celular, o outro chama a atenção, inibe o uso, porque ele fez parte da criação daquele combinado”, exemplifica.

 

4- Eduque para o uso

Para Débora Sebriam, coordenadora de projetos do Instituto Educadigital, para manter a disciplina – e a segurança dos alunos – é imprescindível que se discuta a internet em si. Quais são os perigos e riscos da navegação sem controle, o que é cyberbullying, sexting e outras violências virtuais, como o plágio acontece no ambiente digital, etc. “Essas questões podem ser discutidas de forma interdisciplinar e integrada ao currículo. É a promoção da cidadania digital”, sugere. 

 

5- Forme os professores

Assim como para as diferentes áreas da Educação, a formação dos educadores é essencial também para o sucesso das práticas pedagógicas ligadas à tecnologia. O aluno, que é mais jovem e, em geral, tem mais contato com internet e equipamentos eletrônicos, normalmente tem domínio maior do que o adulto. A formação, então, pode empoderar o professor e possibilitar que ele sinta mais confiança na hora de usar a tecnologia, porque ajuda o profissional a ter controle sobre o que está acontecendo com os alunos na sala.

Segundo Débora, do Educadigital, as escolas podem incentivar os professores a aprenderem com os próprios pares, ou seja, com outros profissionais da equipe que conhecem ou entendem melhor alguma ferramenta. “Há pesquisas que indicam que eles aprendem mais quando as experiências vêm de dentro daquele círculo”, diz Débora.

Para a diretora Alessandra, da EEF Augusta Knorring, em Brusque-SC, quando um professor começa a utilizar a tecnologia em sala de aula, os outros se sentem motivados a fazer o mesmo.

 

6- Invista em tecnologias de controle

É possível aproveitar as vantagens que a tecnologia proporciona. Existem aplicativos e sistemas que ajudam o professor a controlar o uso, a bloquear o acesso a determinados sites (desde que os alunos estejam conectados na rede da escola) ou até mesmo interromper a conexão de um aparelho específico.

No entanto, esta medida não depende apenas da gestão escolar, e sim, de um investimento da rede educacional. “Precisa de infraestrutura, de uma rede de wifi que suporte mil alunos conectados ao mesmo tempo, por exemplo, de um profissional de tecnologia da informação para fazer a gestão dos filtros de segurança, entre outros”, exemplifica Débora.

 

7- Transforme a indisciplina em desafio

Na escola do professor Ademir, os alunos sempre dão um jeito de descobrir a senha de acesso à rede de internet da secretaria. É uma prova de que mesmo com a proibição, o uso acontece. Além disso, o exemplo mostra que os jovens estão à frente quando o assunto é tecnologia, e que lutar contra isso dificilmente trará bons resultados.

Neste caso, Débora, do Educadigital, sugere que a escola aproveite o caso para estimular os alunos. “Eles querem descobrir a senha porque se sentem desafiados. Então, por que não incentivar uma atividade de probabilidade, por exemplo? Perguntar ‘Quantas senhas são possíveis com essa combinação de letras e números’ é um exemplo de como a escola pode transformar o problema em atividade pedagógica.”

 

Apesar das dificuldades como verba e infraestrutura, os especialistas ouvidos por NOVA ESCOLA concordam que lutar contra a tecnologia não é uma forma adequada de combater a indisciplina. “Ouço muitas colegas diretoras dizendo que liberar o celular dá muito trabalho. Mas educar dá trabalho, ensinar dá trabalho. Se a gente não pegar esse desafio para nós, os alunos não vão aprender”, diz.

Fonte: novaescola.org.br

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